IGREJA PRESBITERIANA BETÂNIA

2 de ago. de 2010

DEFORMAÇÃO DA SOCIEDADE PELA MÍDIA

 Amados irmãos, que a graça e paz do nosso Senhor majestoso, Pai de amor, estejam com vocês neste momento. 
Bem, eu fiz esse texto abaixo como um trabalho da faculdade e,  nessa era dita pós moderna, comtemporânea, em que faz-se necessário de modo urgente o resgate de tantos e tamanhos valores bíblicos creio que seja imperioso para nós, Sal da terra, não nos deixarmos levar nessa onda de que tudo  é "normal". Tal onda cresce, invade, corrompe valores, distorce verdades, nos enoja. 
Unidos, devemos dizer NÃO ao que o mundo encara e aceita como "normal". Como bem disse o Pastor Valtenor neste último domingo, dia 01/08, as pessoas tem se levado pelos seus própros desejos, anseios e negado que temos um CABEÇA, que sabe o que é exatamente bom, perfeito e agradável para nós. Dizem: "seja feliz e tá tudo certo". Ah, então, vamos rasgar nossas bíblias, esquecer e ignorar o que Deus nos diz todos os dias, por meio de sua Palavra? É claro que não!!!!!!
Espero que gostem do texto abaixo. 
Um forte abraço.

Deisy Vilela

 DEFORMAÇÃO DA SOCIEDADE PELA MÍDIA
 POR DEISY VILELA, ABRIL DE 2010.

Em nome do discurso “ antes vendo TV que na rua correndo perigo” é que a sociedade tem dado aos recursos de mídia em massa a função de educar as crianças.
Sim, os tempos mudam de modo evidente, numa velocidade exorbitantemente veloz e cada instante percebem-se mudanças no modo de ser, de viver e de lidar uns com os outros nesta dita sociedade global. Os seres humanos não são os mesmos de ontem, e certamente não serão os mesmos de amanhã! Daqui a um segundo que está por vir não se sabe o que de fato acontecerá com a sociedade em que se vive. Não se tem mais o prazer de sentar as portas de suas casas, de conversar, ou sequer conhecer o seu vizinho. Deixar crianças brincando “nas portas”, andando de bicicleta, entrando em contato com gente de verdade, caindo e experimentando o que é transpirar,  e levantar, se esparramar no chão, tem sido uma realidade cada vez mais e mais remota e rara.
Antigamente, parece que foi ontem, e deve ter sido mesmo,  dizia-se: nos interiores, nas cidades pequenas ainda é assim, agora são esses interiores alvos de furtos, violência,  sequestros e balas perdidas! Afirma-se, sem medo de erro, a globalização também globalizou o medo!
Vive-se num tempo consagrado como a era da informação, são exposições, filmes em 3D, lançamentos, estréias, o mundo coorporativo exige cada vez que as pessoas estejam instruídas, “antenadas”, informadas! O que é mais impressionante é que grande parte destas mesmas pessoas, e o número aumenta, faria de um tudo para estar em casa e desfrutar do próprio lar, construído a base de rotina de muita pressão e estresse.
Gabriel  Pensador afirma na letra da música Até Quando? que:  “A programação existe pra manter você na frente da TV, que é para te entreter, que é para você não ver que o programado é você”. É forte a afirmação de que a mídia rotula, aliena, dita padrões, manipula e programa a vida das pessoas, destarte não se pode e nem se deve negar a realidade. Os cidadãos de bem são prisioneiros do lar em detrimento da propagação da violência e “globalização do medo”. Deste modo vêem-se em frente a TV, ociosos, “alimentando-se” da aculturação de alguns programas, do incentivo ao consumismo, das ideologias que são “empuradas” goela abaixo da massa que senta, liga a TV, usa do controle remoto e escolhe entre programas fúteis e programas inúteis.
Na história política do Brasil, como exemplo, é notório de forma límpida aos olhos de quem quer ver que polítcos foram escolhidos, destituidos, marginalizados ou exaltados a partir da manipulação da mídia. Exemplo maior é do presidente atual, Luís Inácio Lula da Silva, o qual teve sua imagem  de sindicalista fervoroso, em perfis comunistas, arrisca-se a dizer, convertida por Duda Mendonça, marketeiro baiano de grande renome, em uma imagem tênue de um político “com cara de confiável”, mais apresentável, diria-se. Lula teve seus dentes alongados, as sobrançelhas aparadas, deixou de usar blusas de propagandas na cor vermelha e passou a ter e a pertencer aos padrões ditados pela...(reticências) mídia. Incrivelmente, após essas mudanças que também permeiaram o âmbito dos discursos políticos, os quais vinheram a ter carácter menos exaltado, Lula teve seus índices de aprovação popular em crescimento exponencial.
A mídia diz de modo claro a quem quer ver, vale a repetição, mais vale ter, mais vale o que você usa, onde você compra, que marcas fazem parte do teu dia a dia, do que seus valores humanos individuais. Engane, finja ser o que você não é, disfarce teus defeitos em nome da aceitação. Para ser aceito, consuma, afinal, imagem é tudo! Deplorável...
            Quando se percebe que a rotina familiar dos indivíduos é programada pela TV, por exemplo, é que nota-se em que patamar de negligência aos absurdos se encontra a sociedade. Pessoas marcam encontros após a novela das oito para não perder o capitulo, e a vida alheia nunca foi tão aclamada e difundida. Programas apresentam cenas reais de traição, apóiam e pregam a naturalização e banalização de atos e acontecimentos sem qualquer preocupação com os valores humanos perpassados.
“Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar.” Nelson Rodrigues com a ironia clássica e própria dele mesmo, pensou acerca da platéia. Agora a analogia é válida.  Platéia que assiste a vida alheia, que se permite não pensar e sim receber as idéias prontas e acabadas, lixo, platéia que assiste as atrocidades sentada em frente à TV, sem nada fazer, até a rima é válida neste momento é a unanimidade a que ele se refere.
Nelson disse ainda que "a platéia só é respeitosa quando não está entendendo nada." Há de convir que é de interesse de muitos que o povo brasileiro não cresça em educação crítica, não seja um cidadão consciente, na verdade é proibido pensar, isso porque vive-se em tempos de “democracia” e a ditadura teve um fim há um certo tempo. Por falar nisso a censura é, como muitas coisas no Brasil, utilizada como dois pesos e duas medidas. Convém? Deixa passar. Não convém? Censura.
Vamos lá! Sorria, você está sendo filmado! Há pessoas que riem e até gostam desse jargão. Não à privacidade! Há até pessoas que por gostar tanto dão ibope enorme a certo programa da TV em que enquanto a massa trabalha por um salário mínimo, “dá duro” mesmo, pessoas ficam isoladas numa casa com alta tecnologia, uma verdadeira mansão, um paraíso. Elas malham, tomam banho de piscina, se embriagam em festas rotineiras, dormem todas juntas, tomam até banho juntas e vez ou outra “esquecem” que estão sendo filmadas vinte e quatro horas por dia e se beijamm e falam obscenidades. Parabéns a rede de TV mais assistida no Brasil por trazer para este país tal programa televisionado em outras partes do mundo, também.
Os adolescentes desta década de 2010 que não tiveram a oportunidade ímpar de chocarem-se com as atitudes de Madonna, podem agora contemplar a celebridade da hora, ela usa roupas estranhas, chamativas, intitula-se bissexual, em seus shows e vídeo clipes, em rede mundial, ela beija mulheres, incita a depravação moral, e aparenta usar o marketing da escandalização a seu favor. Entretanto, nessa época em que há a naturalização de todos os atos, crianças também a tem como ícone, modelo a ser seguido, eis Lady Gaga. Sobre o visual desta pessoa, o silêncio é a melhor pedida agora.
Cabe um questionamento pertinente: o que se fazer em um país onde o analfabetismo político, literário, dentre outros predominam, a televisão é o principal meio de informação e o povo é passivo a ponto de deixar que coloquem seu país abaixo sem fazer nada? Muito complicado responder com veemência. Seria necessário um reajuste, um molde universal novo, uma reformulação geral e generalizada nas mentes de quem “informa” e de quem é “informado”, neste turbilhão de absurdos. Dirão que a TV reproduz a sociedade, contudo o problema maior acontece quando o único meio de fazer com que as pessoas criem uma opinião e tenham consciência do que anda acontecendo no Brasil, trai, fazendo apenas o necessário para se vender matéria, se tornando veículos de comunicação aproveitadores de oportunidades, o que é verdadeiramente lamentável e deprimente.  
Temas como ética, cidadania, poder político, imparcialidade e muita polêmica permeiam as influências da mídia na vida de cada indivíduo em particular. É salutar repensar na deformação contínua e evidente da sociedade em nome da “informação” propagada pela mídia.



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